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Mulheres recebem capacitação para a área de construção civil na Paraíba

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Mulheres recebem capacitação para a área de construção civil na Paraíba

Expansão do setor possibilitou implantação de cursos específicos. Mulheres têm mais cuidado com qualidade do trabalho, diz especialista.

03/11/2014 - 15:00

Projeto é realizado pelo IFPB e as aulas acontecem nas cidades de João Pessoa, Cabedelo, Monteiro e Cajazeiras.

O crescimento das cidades e a expansão no setor de construção civil abriu oportunidades para a inclusão de mulheres em uma área que tradicionalmente era composta apenas por trabalhadores do sexo masculino. Um projeto desenvolvido em quatro cidades da Paraíba capacita 640 mulheres para a área da construção civil. Realizado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), o projeto visa promover a formação intelectual, técnica e cultural das trabalhadoras.

De acordo com o professor Alexandre Urquiza, que coordenou a implantação do projeto, a ideia da criação dos cursos surgiu a partir da necessidade do mercado. "A área de construção civil está aquecida, sobretudo por conta dos investimentos públicos para o setor. Com isso, o mercado se abriu e o contingente de profissionais existentes não está dando conta da quantidade de obras que estão sendo realizadas na Paraíba," disse Alexandre.

"Sabemos que há um preconceito, principalmente por parte dos homens que acham que só eles podem trabalhar e que as mulheres tenham que ser donas de casa, mas estamos aqui para mostrar que somos capazes de fazer o mesmo trabalho e atuar junto com eles nestas atividades", disse Sandra Andreia, aluna.

O professor explica que, além do aquecimento no setor, um dos principais motivos para o desenvolvimento de cursos voltado exclusivamente para mulheres se deu a partir de características próprias identificadas pelos empresários. “O mercado notou, através de pesquisas, que as mulheres têm uma preocupação maior com o trabalho, realizando os serviços com mais cuidado e evitando o desperdício de material. Isso faz com que as obras sejam executadas com mais economia e qualidade,” comentou.

Na primeira etapa do projeto, estão sendo formadas 300 mulheres nos cursos de pintura de obras, aplicação de revestimento cerâmico e auxiliar de gerenciamento de obras. Os alunos formados nos cursos de edificação auxiliam os professores durantes as aulas. Com 20 alunas em cada turma, o projeto é desenvolvido em duas etapas e a segunda etapa, que envolve a parte prática, começou na terça-feira (21). Os cursos acontecem nas cidades de João Pessoa, Cabedelo, Monteiro e Cajazeiras.

Alexandre explica que a previsão é de que as mulheres sejam absorvidas pelo mercado tão logo concluam os cursos. “Conversamos com os sindicatos de empregados e dos empresários da área e observamos a tendência de receber estas alunas, principalmente devido à necessidade do mercado em conseguir mão-de-obra qualificada,” disse Urquiza. O professor comentou também que, apesar de ainda existir um receio por parte dos empresários em contratar mulheres para trabalhar nas obras, os benefícios que estas profissionais trazem para a construção são maiores do que as despesas.

São realizados cursos de pintura de obras, aplicação de revestimento cerâmico e auxiliar de gerenciamento de obras

"A justificativa que alguns empresários apresentam é que para contratar mulheres seria necessário fazer um investimento maior na questão de estrutura no canteiro de obras. Um exemplo citado por eles é na questão dos banheiros, que precisam ser adaptados e separados para a divisão de acordo com o gênero do profissional. Porém, mostramos através dos cursos que o investimento feito pelos empresários é compensado no ganho que a obra tem com a maior qualidade e menor desperdício que estas profissionais trazem para o empreendimento," completou Alexandre.

Para a aluna Sandra Andreia, de 33 anos, a expectativa é de que o mercado de trabalho absorva as alunas e que com o tempo, a questão do preconceito seja reduzida. "Sabemos que há um preconceito, principalmente por parte dos homens que acham que só eles podem trabalhar e que as mulheres tenham que ser donas de casa, mas estamos aqui para mostrar que somos capazes de fazer o mesmo trabalho e atuar junto com eles nestas atividades", comentou Sandra.

Autor: Daensystem

Fonte: Google Notícias

Data: 03/11/2014 - 15:00

Categoria: Geral

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