Torre Rosewood - Cidade MatarazzoProjetada pelo arquiteto francês Jean Nouvel – vencedor do prêmio Pritzker de 2008, o Oscar da arquitetura –, a construção da Torre Rosewood vem exigindo um elevado padrão tecnológico para as empresas envolvidas na obra, sobretudo no campo da concretagem, tendo em vista as especificações singulares do projeto quanto a dimensões de lajes, tipo de concreto empregado e necessidades de ocupação.
Construída na região da Avenida Paulista, em São Paulo, a torre integra o projeto da Cidade Matarazzo, um complexo que irá reunir hotel, edifício comercial e áreas residenciais no mesmo local onde, no passado, funcionou o Hospital Matarazzo (construído em 1904 e também conhecido como Umberto I). Projetado em estilo neoclássico, o conjunto de 27 mil m² está completando 114 anos e esteve em vias de ser demolido, até ser tombado em 1986 pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) como patrimônio arquitetônico da cidade.
Depois disso, a construção ficou abandonada por mais de 20 anos, até ser adquirida pelo grupo francês Allard, que desenvolveu um projeto de características únicas para sediar o primeiro hotel-palácio de seis estrelas da marca internacional Rosewood na América Latina. Quanto estiver pronta, a torre chegará a 100 m de altura e terá 24 andares com diferentes volumetrias e tipologias, que abrigarão 151 quartos de hóspedes e 122 suítes residenciais, além de restaurantes e áreas de lazer.
MarcoCom investimento total de 2 bilhões de reais, o projeto obteve aprovação do Condephaat em janeiro deste ano, além da chancela do Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental). Responsável pelo projeto executivo da Torre Rosewood, o escritório franco-brasileiro Triptyque Architecture também se encarregará do retrofit das edificações já existentes, além de outras duas construções na mesma área, para uso corporativo.
A torre de 100 m de altura será um marco na paisagem urbana paulistana, recuperando a memória arquitetônica modernista da Avenida Paulista dos anos 50. Com formato piramidal em um dos lados, o projeto prevê amplas varandas emolduradas por brises de madeira. Por meio do uso de helicópteros, serão instaladas árvores de até 13 m nas varandas, compondo a paisagem de um jardim suspenso. “A arquitetura pode ser um caminho para melhorar o caráter de um bairro ou de uma cidade”, diz Jean Nouvel sobre o papel da arquitetura na transformação de seu entorno. Interconectada à maternidade Filomena Matarazzo, construída em 1943 e já tombada, a torre será um espaço de convivência, encravado na principal artéria do projeto Cidade Matarazzo.